Neil Gaiman

Esses dias me dei conta de que geralmente não escrevo sobre meus escritores favoritos aqui no blog, falo dos livros sim, mas não da minha relação de fã, sim eu tenho alguns ídolos literários e resolvi que de vez em quando vai rolar um texto falando deles e é claro que vou começar por Neil Gaiman, nenhuma novidade não é mesmo? 😉

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Eu conheci o Neil Gaiman através do extinto fórum Meia Palavra vi um tópico aqui, outro ali, mas o início foi difícil, vocês não imaginam o choque que foi sair a procura de Sandman e encontrar vários arcos esgotados ou a preços exorbitantes até mesmo para mim que não reclamo de preço de livro. Então eu comemorei feito maluca quando em 2010 soube que a Panini ia lançar os 4 volumes da Edição Definitiva de Sandman, comprei os três que já foram lançados ainda na pré-venda, e eles valeram cada centavo que paguei por eles, pagava de novo e de novo só pelo prazer de reler uma edição tão caprichada.

Mas então que vocês devem estar pensando que eu idolatro o sujeito e só li uma obra dele, é claro que não, pois quem não tem cão caça com gato, e já que eu não tinha Sandman, me joguei na minissérie de 4 espisódios “Os livros da Magia” e pesquisando sobre onde encontrar para comprar acabei descobrindo que tinham acusado J.K. Rowling de plagiar essa série e aí cai de amores de vez pelo Gaimam porque ao invés de entrar numa dessas de brigar para ver quem é mais criativos e coisa e tals, ele fez estas  declarações:

“O arquétipo do jovem feiticeiro tem vários outros precedentes na literatura” .

Alguns idiotas processaram J.K. Rowling (ninguém os contou sobre os Livros da Magia, ou eles me processariam também). Não que eu esteja sugerindo que Tim Hunter  [personagem bruxo de Livros da Magia] seja igual a Harry Potter. Eu nunca acreditei que ela  [J.K.]  os tenha lido. Só estou dizendo que esses idiotas poderiam me processar também.

E eu pergunto tem como não amar um autor que diz isso? Em um mundo meio caótico em que muitos querem mérito por aquilo que outros fizeram me dá um certo orgulho alheio de ver que tem gente que assume sim que se inspira em outras ideias e Gaiman faz isso muito bem, como descobri no seu excelente “O Livro do Cemitério” que é inspirado publicamente em O Livro da Selva, de Rudyard Kipling mas é outra história.

Mas antes de ler  O Livro do Cemitério eu li  Stardust, e tem uma história bem legal porque eu assisti primeiro o filme, o guri que atende na videolocadora que frequento já conhece meus gostos me indicou: ” Ei chegou um filme que tu vais adorar, é fantasia pura” levei e como ele profetizou adorei mesmo, ai fui conferir os extras (amo extras de filme) e quase surtei quando descobri que o filme era baseado em uma história do Gaiman, foi muito lindo ver ele falar das inspirações que o levaram a escrever Stardust:

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“Lembro de duas fagulhas criativas para Stardust. O Povoado de Muralha, a ideia que temos um vilarejo perto de Faire foi metade da inspiração. E aquilo foi mais ou menos em 1988 nas minhas primeiras férias. Minha mulher e eu deixamos nosso filhos e fomos para a Irlanda por uma semana. Em algum lugar de Cork, passamos por um campo com um belo muro, e havia um bruraco no muro, dava para ver um floresta fabulosa pelo buraco. Olhei aquilo e pensei: não seria legal se do outro lado do muro estivesse uma terra mágica com tudo o que você sempre sonhou?

Esse foi o começo.

Depois em 1992 eu estava no deserto, em Tucson no Arizona. Na Inglaterra quando eu era criança quando a gente via uma estrela cadente, era um fiapo de luz. E a gente dizia: “Ah uma estrela cadente!”. No deserto com esse céu de veludo, azul escuro eu vi uma estrela cadente. Eu vi um meteorito. E era o mesmo que ver uma estrela caindo, ver a sequência toda e essa coisa brilhante, feito um diamante, em chamas na sua queda. Fiquei ali olhando a estrela caindo e pensei: daria ara tentar achá-la. De repente, tudo se juntou com a ideia do muro, achei que se caísse do “lado errado” do muro não seria um meteorito, não seria um monte de rocha, seria uma garota. E aí, eu tinha a história.”

É claro que depois de assistir esse video eu preciva ler o livro, e com ele Gaiman foi sendo alçado cada vez mais ao posto de autor predileto, a maneira como ele resiginifica tudo que já foi escrito, e principalmente a forma sincera com que ele lida com suas fontes de inspiração me fazem admirá-lo, mais e mais e mais.

Então veio Coraline. Ah, Coraline! Essa história de dar medo em qualquer um, não apenas nas crianças mas também nos marmanjos simplesmente porque ela mexe com nossos medos mais ancestrais, uma coisa que me faz adorar esse livro é que Coraline é tão corajosa, ela está lá morrendo de medo, mas enfrenta ele mesmo assim, e isso sim é coragem!

Lugar Nenhum foi o primeiro romance adulto do Gaiman que li, e apesar de muitos assegurarem que ele é um livro abaixo dos padrões dele, eu amei, adoro as referências, a maneira como a história vai nos absorvendo que quando nos damos conta já amanheceu e ainda estamos vidrados na história.

Os lobos dentro das paredes entrou na minha vida porque o meu pequeno queria ler uma história de terror, uns dias antes do pedido tinha visto uma resenha sobre o livro e foi uma escolha certeira, que só me fez lembrar o quanto Gaiman é genial, ele consegue escrever para crianças de uma forma tão peculiar, é um autor que respeita as crianças, e também por isso tem meu respeito. E tem uma coisa muito curiosa sobre essa coisa de ídolo: o pequeno meio que já era fã do Gaiman, de tanto me ouvir falar ele já tinha várias referências que com certeza impactaram na leitura que ele fez, e isso ficou bem claro quando em uma ida à livraria ele me diz: “vou conferir se tem algum Gaiman novo na sessão infantil” e foi assim que trouxemos para casa o totalmente  nonsense Cabelo Doido, outra obra pra lá de adorada e encantadora.

Se Coisas Frágeis fosse apenas composto pelos contos “O Problema de Susan” e “O Monarca do Vale” a leitura já teria sido fantástica, o primeiro resignifica o final da personagem Suzana da série “Crônicas de Nárnia” e eu como detestei o destino que C.S. Lewis reservou para ela adorei esse novo olhar, já o segundo porque me apresentou Shadow, mas nem de longe me preparou para o que estava por vir duas leituras adiante.

No meu panteão literário ao lado de Gaiman está Terry Pratchett, sendo assim um livro escrito a quatro mãos pelos dois não poderia me decepcionar e Belas Maldições é um livro tão fantástico e bem humorado que sempre que recordo de uma passagem um sorriso, ou melhor uma gagalhada, brota espontaneamente.

Odd e os gigantes de gelo foi uma surpresa muito doce, sempre me surpreendo com os livros que o Gaiman escreve para o público infanto-juvenil porque sempre encontro neles um respeito à criança que falta a muitos outros autores, ele não nivela os pequenos por baixo, não duvida da capacidade de compreensão delas, escreve com o mesmo apuro que encontramos em sua obra adulta, ou seja amor em estado bruto.

E aí meus caros quando achei que não poderia mais elevar o nível de idolatria eis que me jogo na leitura de Deuses Americanos e o estrago está feito porque simplesmente descubro que sim, eu podia me apaixonar ainda mais pelo Gaiman, depois dessa leitura passei a compreender quando os amigos diziam que eu deveria ler esse livro, que se eu tinha curtido “Lugar Nenhum” eu ia amar Deseus Americanos, eles estavam cobertos de razão, sem sombra de dúvidas uma das leituras mais fantásticas e significativas que já fiz e que recomendo para todos.

Para saber um pouco mais sobre o Gaiman, recomendo com todas as minhas forças o especial que a Lu escreveu lá no Coruja em teto de zinco quente e o artigo que a Núbia escreveu no blog Blá, blá, blá aleatório, na sessão “Escritores de Quinta”, elas são ninjas e conseguem manter o foco sobre os fatos da vida e da carreria dele sem esbarrar, como eu, na idolatria desenfreada 😉

 

Friedrich Hölderlin

Há um tempo atrás, um amigo muito querido me apresentou o poeta Friedrich Hölderlin, fiquei profundamente emocionada com sua obra. Segundo os especialistas, sua poesia sintetiza a visão romântica sobre a natureza, o espírito da Grécia antiga e uma forma não-ortodoxa do cristianismo.
Hoje a poesia de Hölderlin possui grande destaque, no entanto era desconhecida até a metade do século XIX, e seus contemporâneos o consideravam um mero imitador de Schiller, com excessão de Friedrich Nietzsche que era um grande admirador do poeta, inclusive chamando-o de seu “liebling Dichter.”
O poeta nasceu em 20 de Março de 1770 em Lauffen. Em 1805 foi diagnosticado insano e em 1807 foi deixado aos cuidados de Ernst Zimmers, um carpinteiro grande admirador do poeta, que residia em Tübingen. Ele ainda escreveu alguns poemas utilizando o pseudônimo “Scardanelli” e mesmo tendo alguns períodos de lucidez não retornou mais ao convívio social até a sua morte, 36 anos depois, em 1843.
Torre de Hölderlin, Tübingen.
A forma como o primeiro contato com obra de Hölderlin me tocou foi tão forte, que sai em busca de mais e a cada leitura ficava ainda mais encharcada de admiração por este poeta fantástico. Trouxe um trecho de sua obra mais conhecida, a poesia, “A Canção de Hyperion”, (1797 – 1799).

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A Canção de Hyperion 

Oh santos gênios! Vós caminhais, 
lá por cima, em luz, sobre terra suave. 
Brilhantes deuses etéreos 
Tocam-vos levemente, 
Qual os dedos da artista 
nas cordas santas 

Sem destino, como a criança 
Adormecida, os anjos respiram; 
Castamente guardado 
Em discretos botões, 
O espírito floresce-lhes, 
Eterno, 
E os santos olhos 
Vêem em silenciosa 
E eterna claridade.

Aqui é possível ler a tradução de “No bosque”, feita por Igor Fracalossi,  aqui é possível escutar Martim Heidegger lendo o poema original em alemão e aqui é possível ler cinco poemas traduzidos por Luís Costa.
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Referências
COSTA, Luís. Friedrich Hölderlin ou a reconciliação dos contrários. Agulha Revista de Cultura #58. Fortaleza. jul/ago. 2007.
Friedrich Hölderlin. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
http://www.truca.pt/ouro/biografias1/friedrich_holderlim.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_H%C3%B6lderlin

Meme Literário 2012 – Dia 31

Dia 31 – Qual o livro que você leu esse ano que mais gostou? Fale sobre ele.

Báh que pergunta terrível de responder, esse foi um ano de poucas e ótimas leituras, acho que nem um top 10 me salvaria aqui, como gosto de seguir as regras vou eleger Belas Maldições: As Belas e Precisas Profecias de Agnes Nutter, Bruxa,  Neil Gaiman e Terry Pratchett, pelos motivos mais óbvios possíveis: é um livro simplesmente fantástico, foi escrito pelos meus ídolos literários, fala do armagedon, as personagens tem nomes impagáveis como Não-Cometerás-Adultério Pulsifer, é sarcático, hilário, crítico, irônico…. ahhhhh chega de palavras tolas,  é um livro inefável!!!

“— Nossa — disse Aziraphale. É ele.

— Ele quem? – perguntou Crowley.

A Voz de Deus — disse o anjo. — O Metatron. Os Eles arregalaram os olhos.

Então Pimentinha disse:

— Não é não, O Metatron é de plástico e tem um canhão laser e pode se transformar num helicóptero.

— Esse é o Megatron Cósmico — disse Wensleydale fraco. — Eu tinha um, mas a cabeça caiu. Acho que este é diferente.”

Meme Literário 2012 – Dia 30

Dia 30 – Qual o livro que você leu esse ano que menos gostou? Fale sobre ele.

Uma ponte para Terebin, Letícia Wierzchowski.

“A memória, como um rio, corre entre as margens da ficção, desenhando a trajetória de vida de Jan Wierzchowski, um jovem imigrante polonês que chega ao Brasil em 1936, três anos antes de a Polônia ser invadida pela Alemanha, assinalando assim o começo da Segunda Guerra Mundial.
A história de um avô que atravessou o mundo num navio e foi viver numa ruazinha sombreada de Porto Alegre. A história de um imigrante que tinha um sonho. A história de um soldado que viu o horror de perto. A história de um filho que ficou vinte e oito anos sem poder voltar para casa.
Uma ponte para Terebin é um romance sobre a vida e sobre as travessias sem volta. Um romance sobre a liberdade e sobre o preço que é preciso pagar por ela. Mas, acima de tudo, Uma ponte para Terebin é a história de uma caixa de retratos que, um dia, começaram a falar.

Com essa sinopse, escrito por uma das autoras que mais gosto é até estranho este livro figurar como o que menos gostei esse ano, mas nessa narrativa Letícia não conseguiu me cativar. O livro é belo, poético e forte e ainda assim me deixou um gosto amargo na boca principalmente pelo tom indulgente com que a neta justificava muitas das atitudes do avô. Compreendo que quando somos muito próximos da história é difícil não revestirmos sua narrativa de lirismo, mas nesse caso foi o que me causou estranhamento e me distanciou dessa história.

Meme Literário 2012 – Dia 29

Dia 29 – Qual foi o último livro que você comprou? Fale sobre ele.

Comprei três esses dias:

Sinal e Ruído, Neil Gaiman e Dave McKean – Esse eu já tenho, comprei para dar de presente para uma pessoa muito especial.

Um dos primeiros trabalhos conjuntos de Neil Gaiman e Dave McKean, Sinal e Ruído é considerado a obra-prima da dupla. Neste trabalho a ousadia da dupla chega talvez a seu ponto máximo. Tanto no aspecto gráfico como no roteiro que descreve os últimos dias de um cineasta e, ao mesmo tempo, os últimos dias do ano 999 d.C.

O Circo da Noite, Erin Morgenstern – Comprei porque a Lu tinha falado sobre ele e gostei da sinopse:
Sob suas tendas listradas de preto e branco uma experiência única está prestes a ser revelada: um banquete para os sentidos, um lugar no qual é possível se perder em um Labirinto de Nuvens, vagar por um exuberante Jardim de Gelo, assistir maravilhado a uma contorcionista tatuada se dobrar até caber em uma pequena caixa de vidro ou deixar-se envolver pelos deliciosos aromas de caramelo e canela que pairam no ar. Por trás de todos os truques e encantos, porém, uma feroz competição está em andamento: um duelo entre dois jovens mágicos, Celia e Marco, treinados desde a infância para participar de um duelo ao qual apenas um deles sobreviverá. À medida que o circo viaja pelo mundo, as façanhas de magia ganham novos e fantásticos contornos. Celia e Marco, porém, encaram tudo como uma maravilhosa parceria. Inocentes, mergulham de cabeça num amor profundo, mágico e apaixonado, que faz as luzes cintilarem e o ambiente esquentar cada vez que suas mãos se tocam. Mas o jogo tem que continuar, e o destino de todos os envolvidos, do extraordinário elenco circense à plateia, está, assim como os acrobatas acima deles, na corda bamba.

Guardas! Guardas!, Terry Pratchett – Oras, comprei porque é Pratchett e preciso completar minha coleção Discworld 😀
Em “Guardas! Guardas!”, um perigo exemplar de um dragão nobre apareceu na cidade de Ahkh-Morpork. O visitante indesejado tem o hábito desagradável de carbonizar tudo o que aparece no seu caminho. E, pior, é coroado rei (afinal, ele não é nobre?). Enquanto isso, na estrada e restrita Universidade Invisível, um livro antigo e muito esquecido – A Evolução de Dragões – desaparece das prateleiras da Biblioteca. Desconfiados de uma conspiração, alguns bravos cidadãos (ok, nem tão bravo assim) se organizam e arriscam tudo o que possuem para destronar o monarca voador e restaurar a ordem no local.

Meme Literário 2012 – Dia 28

Dia 28 – 5 livros que estão na tua pilha de “vou ler”. (Pergunta feita no Meme de 2010. Se você participou na época, procure comparar as respostas.)

Dos livros da pilha de 2010 só não li Sangue de Tinta, Cornelia Funke.
Na pilha desse ano:
1 – O último desejo: Saga do Bruxo Geralt de Rívia – Livro 1, Andrzej Sapkowski
2 – Sr. Ardiloso Cortês: Brincando com fogo, Derek Landy
3 – A sombra materna, Melodie Johnson Howe
4 – A defesa Lujin, Vladimir Nabokov
5 – O caminho do poço das lágrimas, André Vianco

Meme Literário 2012 – Dia 27

Dia 27 – Cite um livro que você gostaria de ler mas que por algum motivo nunca leu. Por quê? (Pergunta feita no Meme de 2010. Se você participou na época, procure comparar as respostas.)

Em 2010 respondi assim:

Nunca li “Mansfield Park”, Jane Austen simplesmente porque não existem mais edições decentes no Brasil  ainda tenho esperanças de que a Editora L&PM lance os outros cinco livros de Jane Austen em edições com traduções dignas e caprichadas, assim como fez com Orgulho e Preconceito.

Depois disso a L&PM já lançou Persuasão, A Abadia de Northanger e Razão e Sentimento, acredito que minhas esperanças de ler “Mansefield Park” não são sem fundamento 😉

Meme Literário 2012 – Dia 26

Dia 26 – Fale de alguns hábitos literários seu.

Em 2009 fiz duas postagens sobre meus hábitos de leitora, foi interessante voltar à estas listas e ver que algumas coisas não valem mais, por exemplo, hoje não tenho problema em emprestar meus livros e faço várias doações 😉

1. Simplesmente não consigo não ler, é vital pra mim.
2. Minha biblioteca é organizada. Mas tenho hábitos meio estranhos de organização, tenho livros até na cozinha.
3. Adoro marcadores de páginas, minha coleção é imensa e vive crescendo. Geralmente deixo dentro dos livros o marcador que usei quando li.
4. Sublinho meus livros, faço anotações, mas detesto que outras pessoas façam isso nos meus livros emprestados.
5. Adoro sebos e livros antigos, não tanto pelo preço, mas sim pelo prazer de ter comigo algo que carrega em suas páginas a história de outros além da minha.
6. Deixo entre as páginas dos meus livros, alguma coisa perdida pra achar depois de muitos anos, desde bilhetes, postais a ingressos de teatro e cinema.
7. Tenho verdadeira obsessão por livros que falem de livros ou livrarias.
8. Gosto de escrever sobre os livros que leio.
9. Adoro bibliotecas e livrarias, sempre visito as bibliotecas e livrarias dos lugares que visito.
10. Tenho verdadeira obsessão por edições do ano do meu nascimento.
11. Adoro livros infanto-juvenis. E leio com prazer infantil livros infantis.
12. Sempre anoto a data e lugar em que terminei de ler um livro.
13. Mesmo que deteste um livro eu termino de ler, afinal um livro sempre tem uma boa página, nem que seja a última.
14. Se gosto de um autor, geralmente fico obcecada em ter a obra completa, demorei anos para conseguir completar a coleção do Érico Veríssimo.
15. Adoro cartões postais de livros ou que tenham alguma relação com a literatura.
16. Quando preciso interromper a leitura, termino o capítulo que estou lendo, se ele for muito longo tento pelo menos terminar em um ponto que a linha de raciocínio não seja quebrada.
17. Eu intercalo os tipos de leitura, mais ou menos assim: um livro de fantasia, um de ciências humanas, um chick-lit, um suspense, uma biografia, e por ai vai, é difícil eu emendar dois livros do mesmo estilo.
18. Eu adoro Histórias em Quadrinhos e tenho muita pena de quem acha que não é uma leitura válida.
19. Eu uso Ex-libris na folha de rosto e carimbo meu nome na página 17 dos meus livros.
20. Leio poesia todo dia, antes de dormir mesmo que tenha lido 10 capítulos de um livro de prosa, sempre abro aleatoriamente um dos meus livros de poesia que ficam do lado da cama e leio ao menos as duas páginas de onde abri o livro.
21. Eu guardo as florzinhas e folhinhas que Padawan me dá dentro do livro que estou lendo. Adoro reler e encontrar meus tesouros lá!
22. Mesmo ainda preferindo o livro impresso disparado, não me importo tanto quanto antes em ler no PC, mas se eu gosto muito da obra e pretendo reler, invariavelmente eu compro o exemplar impresso, foi assim com “Sonhos de uma noite de verão” e “Hamlet” de Shakespeare.
23. Eu detesto coleções incompletas, e por isso mesmo ando irritada com a editora Conrad por que eles só editaram os dois primeiros livros da série: Livros da Magia, de Carla Joblonski baseada nas HQ do Neil Gaiman e não lançar os outros.
24. Eu já tive muito preconceito literário, hoje tenho como lema essa passagem do livro: No Mundo dos livros, de José Mindlin:

“Reconheço e proclamo a importância dos livros chamados “sérios”, mas sua leitura não deve ser considerada uma obrigação. A leitura de uma comédia é tão proveitosa como a de um drama. A leitura de uma história de amor, de um livro de aventuras, de ficção científica, de um romance policial é perfeitamente justificada. Digo sempre que a leitura é um mundo de liberdade intelectual”

Meme Literário 2012 – Dia 25

Dia 25 – Cite um livro que você achou que iria gostar e acabou não gostando.Fale sobre ele. (Pergunta feita no Meme de 2011. Se você participou na época, procure comparar as respostas.)

Com certeza ainda vale a mesma resposta de 2011:
O Caçador de Pipas Khaled Hosseini, aqui a clássica expectativa nas alturas foi por água a baixo. Tenho uma certa ojeriza de personagens que pensam que são o umbigo do mundo, que colocam suas vontades e desejos acima de tudo e todos, e o Amir é tudo isso superlativado, a forma como  ele sempre tratou Hassan me fez odiá-lo com todas as minhas forças, lembro de ter lido uma resenha que dizia que a amizade deles transcendia as castas e confesso que fiquei um pouco pasma com essa percepção da pessoa que escreveu, mas enfim a leitura é uma experiência única. Ah, não, eu não achei que o que ele fez no final foi uma rendição, foi só para ele resolver a culpa que o consumia.