O Velho e o Mar

"Tudo o que nele existia era velho, com exceção dos olhos, que eram da cor do mar, alegres e indomáveis"

É muito fácil me sentir intimidada ao escrever sobre um livro que já foi legitimado como obra-prima por muitos infinitamente mais qualificados do que eu, mas ainda assim me sinto impelida a escrever sobre “O Velho e o Mar” de Ernest Hemingway.

Fazem 84 dias dias que Santiago, um velho pescador não consegue pescar um único peixe, desacreditado por seus pares, destituído de seu único ajudante, ele se lança ao mar pelo 85º dia. Mal sabe ele que assim se inicia uma jornada que testará toda sua capacidade como pescador e também como ser humano.

Ele consegue fisgar o maior peixe que já viu, e trava um luta que dura dias para conseguir finalmente abatê-lo com o arpão, mas esta é apenas uma pequena vitória, pois após amarrá-lo no barco ele é perseguido por tubarões que atraídos pelo cheiro de sangue vieram atrás de comida fresca, e é com apenas a carcaça do peixe que ele chega à praia, quando então passa então a ser novamente respeitado pelos outros pescadores.

A narrativa é permeada por um tom de melancolia que chega a doer, os monólogos do velho em alto mar nos dão a exata dimensão da confusão de sentimentos que o tomam. É uma bela ode à persistência, pois sim “O velho e o mar” é antes de tudo um história sobre um homem persistente.

Uma opinião sobre “O Velho e o Mar

  • 27 de setembro de 2011 em 18:22
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    Este foi o primeiro e único Hemingway que li, e me lembro bem do impacto que causou em mim: é incrível a forma realista como o velho vê sua própria vida e seu futuro, como você bem diz, chega mesmo a doer. Depois dele não tive mais a chance de ler nenhum outro livro do autor, o que é uma pena. Mesmo só tendo lido este, já dá para notar que ele escreve como poucos.

    Grande abraço.

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    • 28 de setembro de 2011 em 01:58
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      Oi Luciano! Esse também foi meu primeiro Hemingway, mês que vem vou ler outro dele para o Desafio Literário e já estou com expectativas bem altas por conta dessa leitura, que foi fantástica.
      estrelinhas coloridas…

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  • 27 de setembro de 2011 em 20:34
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    Oi Mi!
    Esse livro está entre minhas opções de leitura para o Desafio Literário do mês que vem. Fiquei mais curiosa com a sua observação “A narrativa é permeada por um tom de melancolia que chega a doer”.
    Gostei muito da sua resenha!
    Beijos!

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    • 28 de setembro de 2011 em 01:20
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      Oi Kelly!
      Obrigada pelo gentil comentário, tenho certeza que a leitura te agradará, é um livro muito tocante.
      estrelinhas coloridas…

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  • 27 de setembro de 2011 em 22:21
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    Gostei muito do que você escreveu sobre ele, esse é um livro que tenho muita vontade de ler … não sei bem o motivo, mas antigamente tinha medo dele.

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    • 28 de setembro de 2011 em 00:47
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      Eu também tinha um certo medo dele, acho que ficava intimidada, mas nem tem motivo, o livro é grandioso mas muito singelo.
      estrelinhas coloridas…

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  • 29 de setembro de 2011 em 21:26
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    Eu estudei Hemingway quando estudei literatura americana, ha muitos anos. Eu li The Sun Also Rises, dele tambem, mas lembro tao pouco.

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    • 4 de outubro de 2011 em 01:53
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      Oi Ana!
      The Sun Also Rises está na minha lista, gostei bastante da maneira como o Hemingway escreve. Uma pena que te lembres tão pouco 😉
      estrelinhas coloridas…

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  • 29 de setembro de 2011 em 22:13
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    Oi Mi! Eu já estava com vontade de ler esse livro, mas depois da sua resenha fiquei com mais vontade ainda!!! Bjos

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    • 4 de outubro de 2011 em 01:55
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      Aline te joga que é muito bom, tem toda esta melancolia, mas é um livro que faz pensar.
      estrelinhas coloridas…

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